Ação apreende mais de meia tonelada de alimentos fora da validade em empresa que serve comida em presídio no Acre, diz MP
25/11/2024
Segundo o MPAC, foram 'encontrados alimentos fora do prazo de validade e sem origem comprovada ou em condições inadequadas de armazenamento'. Empresa disse que discorda das alegações do órgão. "Carne apreendida pela fiscalização tem origem lícita". Operação apreendeu 685 kg de carne imprópria para o consumo
Asscom/MPAC
Mais de meia de tonelada de alimentos foi apreendida durante uma operação conjunta do Ministério Público do Acre (MP-AC) e Vigilância Sanitária de Tarauacá, interior do Acre. Segundo o MP, os 685 kg estavam impróprios para consumo.
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A operação ocorreu na última sexta-feira (22), na sede da empresa responsável pelo fornecimento de refeições ao presídio Moacir Prado, que fica no município.
"Foram encontrados alimentos como carnes, embutidos e charque fora do prazo de validade e sem origem comprovada ou em condições inadequadas de armazenamento", disse o órgão em nota divulgada nesta segunda-feira (25).
Conforme o Portal da Transparência, a empresa responsável pelo serviço é a F. R. Soares Damasceno LTDA, que possui um contrato de mais de R$ 5 milhões com o Iapen desde julho de 2020.
Procurada pelo g1, a empresa afirmou que 'a carne apreendida pela fiscalização tem origem lícita e fora adquirida em frigorífico devidamente licenciado pelas autoridades e órgãos sanitários competentes'. (Confira a nota completa ao final da reportagem)
A empresa disse ainda discordar da versão do Ministério Público de que a carne apreendida estivesse em condições impróprias de consumo.
"[A empresa] sempre prima pela qualidade dos seus produtos, que são preparados e manuseados por equipe profissional qualificada obedecendo padrões de segurança alimentar e boas práticas sanitárias".
Já o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) enviou uma nota curta em que diz estar tomando ciência do caso e providências.
"O Iapen ficou sabendo do fato através da veiculação em redes sociais e noticiários, porém, ainda não foi informado oficialmente da inspeção/apreensão. Somente após o informe oficial, será possível tomar providências em relação a empresa responsável. No entanto, o Iapen acionou o fiscal de contrato de alimentação para realizar a vistoria e constituir um relatório sobre a vistoria", afirmou.
Segundo o Ministério Público, carne bovina compunha a maior parte do material apreendido, eram 575 kg ao todo. Além de guardado de forma irregular, o material não tinha rótulos ou 'comprovação de procedência'.
O órgão salientou ainda que essa é a segunda vez este ano que uma fiscalização na empresa resulta na apreensão de carne imprópria para o consumo. A primeira havia sido em março, quando 38,8 kg foram confiscados e problemas sanitários foram identificados.
Por fim, o MP disse que o material apreendido foi descartado e um relatório deve ser enviado para a Promotoria de Justiça para que sejam tomadas medidas legais.
Confira a nota completa da F. R. Soares Damasceno LTDA
A empresa atua há mais de 20 anos no ramo de prestação de serviços de fornecimento alimentício, não possuindo histórico desabonador de suas atividades empresariais.
Sempre prima pela qualidade dos seus produtos, que são preparados e manuseados por equipe profissional qualificada obedecendo padrões de segurança alimentar e boas práticas sanitárias.
A carne apreendida pela fiscalização tem origem lícita e fora adquirida em frigorífico devidamente licenciado pelas autoridades e órgãos sanitários competentes.
Discorda das conclusões precipitadas (e não constatadas) de que a carne apreendida estaria imprópria para o consumo humano.
Manifesta seu total interesse no pronto esclarecimento dos fatos e prevalência da verdade real.
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Material foi descartado após apreensão
Asscom/MPAC
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